sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quem bate atrás é culpado? Mito ou verdade?

Confira a resposta detalhada dada por especialista sobre esta questão



Desatenção quando o semáforo fica vermelho, um carro quebrado na pista da esquerda ou o famoso engavetamento envolvendo vários carros. Quem termina a obra é sempre apontado como culpado. A frase mais ouvida nessas situações é: “Você vinha atrás, a culpa é sua, terá de pagar tudo”. Mas será que a pessoa que seguia atrás com seu veículo é sempre responsável pelo acidente? E se o carro da frente freia bruscamente? Que culpa tem o motorista que vinha atrás mantendo distância regulamentar e não conseguiu frear a tempo? O advogado e consultor Cyro Vidal explica: “Isso é folclore, pois a desatenção pode ser de quem estava à frente. Deve ser analisado caso a caso”.

Segundo o Denatran, o Código Nacional de Trânsito não cita situações referentes a acidentes de trânsito. Dessa forma, a autoridade policial é quem irá considerar as circunstâncias do evento. A legislação, no entanto, afirma que é necessário manter uma distância regulamentar do carro à frente, medida que varia de acordo com o local. “Na cidade, o mínimo é de um carro ou mais; na estrada, essa distância aumenta para cerca de 30 metros”, informa Vidal. Portanto, se a pessoa da frente freia bruscamente por causa de um buraco em uma via onde os carros seguem em uma velocidade constante, o motorista que vem atrás não necessariamente será culpado. E terá menos responsabilidade ainda se o veículo da frente estiver com as lâmpadas de freio queimadas, por exemplo.

Vale lembrar que será necessário comprovar o fato por meio de testemunhas e da ocorrência policial, além de contar com um advogado. Caberá ao juiz decidir quem pagará pelo acidente. “A decisão será de acordo com o fato ocorrido e verificado pelo policial que atendeu a ocorrência”, observa o especialista. Em alguns casos extremos, o gasto com advogados pode superar até mesmo o prejuízo ocasionado pela batida, assim como a franquia do seguro. “Mas é raro”, finaliza Cyro. Como em muitas situações do cotidiano, a única coisa que não pode faltar é o bom senso.

NOSSO VEREDITO: MENTIRA
Quem bate atrás nem sempre é culpado pelo acidente, que pode ter sido causado pelo carro da frente. Nesse caso, é necessário o boletim de ocorrência policial comprovando o fato, por meio de testemunhas, e um advogado.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Óleo mais viscoso pode reduzir desemprenho do carro?

O uso de um óleo mais grosso pode causar redução no desempenho do automóvel? Eu posso trocar o óleo por um diferente do recomendado no manual?
Edílson Rubert, Tocantins


A viscosidade do óleo pode, sim, interferir no desempenho do veículo. “O óleo mais grosso tem fluidez mais lenta e demora mais para atingir os pontos que devem ser lubrificados. Isso, por si só, gera maior desgaste do motor. Esse tipo de óleo também provoca maior atrito do mancal, que tem maior dificuldade para girar, retira potência do motor e, assim, aumenta o consumo”, explica Rubens Venosa. 

De acordo com Pedro Nelson Belmiro, consultor técnico da área de lubrificantes, a tendência é de que óleos mais finos beneficiem a eficiência no consumo. “Como ele é menos viscoso, oferece menos resistência ao movimento do pistão”, afirma. Para Belmiro, o único contratempo possível pode ocorrer em motores “cansados”, com grandes folgas. “Nesses casos, como haverá muito desgaste de componentes como os anéis, o óleo pode começar a vazar um pouco. Veja, não por problema do óleo, mas do próprio propulsor”, diz Belmiro. 

De olho na situação descrita por ele, as fabricantes de óleo já oferecem o que é chamado “óleo de alta quilometragem”. É um lubrificante mais viscoso, voltado para motores com mais de 100 mil km rodados. Ele atua como paliativo até que o dono do veículo tenha condições de fazer uma retífica. No caso da troca do óleo por um diferente do indicado no manual, isso não é recomendado.

Financiamento de veículos bate recorde em 2010

Foram usados R$ 188,6 bilhões por pessoas físicas, segundo relatório da Anef


Levantamento da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) aponta recorde no saldo total das carteiras de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e Leasing para aquisição de veículos pelas pessoas físicas que atingiu R$ 188,6 bilhões no ano passado. “2010 foi excepcional para todo o setor. O crescimento foi de 19,9% nas carteiras de financiamento em relação a 2009, superando nossa projeção inicial de encerrar o ano com R$ 185 bilhões”, avalia Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef.

Deste valor, R$ 140,3 bilhões correspondem à carteira de CDC, que registrou acréscimo de 49,1% sobre 2009 (R$ 94,1 bilhões). Já o Leasing fechou em queda de 23,5%, passando de R$ 63,2 bilhões em dezembro de 2009 para R$ 48,3 bilhões em dezembro de 2010.



As vendas a prazo de veículos e comerciais leves representaram 63% do total comercializado em 2010, sendo 46% financiados por meio de CDC, 11% por Leasing e 6% por entregas de Consórcio.


A taxa média de juros praticada pelas associadas à Anef em dezembro de 2010 foi de 1,42% ao mês (18,44% ao ano), mantendo-se estável em comparação ao mesmo período de 2009. Já a inadimplência acima de 90 dias para as operações de CDC fechou 2010 em 2,6% ante 4,4% em 2009. “Esse é o menor índice desde 2006 quando estava 3,3%”, complementa Almeida. Os planos médios de financiamento ficaram em 44 meses em 2010, frente a 42 meses observados em 2009.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quanto voce esta dispoto a pagar pelo seu tempo?


Pressa todo mundo tem, mas quanto você estaria disposto a enfiar a mão no bolso para perder menos tempo no trânsito? Nos Estados Unidos, país onde a cultura do automóvel é mais disseminada, são comuns as HOVs (high-occupancy vehicle lane, ou faixa para veículos de alta ocupação). É uma proposta que se opõe ao individualismo: o mínimo é de duas pessoas por carro, mas podem ser três ou quatro.
Em alguns casos se permite o uso dessas faixas por carros só com o motorista, mas aí é preciso pagar um pedágio, que fica entre 1,50 a 2,50 dólares, e pode chegar a 8 dólares no caso de um dia com trânsito muito lento. E isso para trechos bem curtos: onde se levaria meia hora, são 10 minutos. Cerca de 15 reais para ganhar 20 minutos.
Você estaria disposto a pagar para ganhar tempo? Não vale repetir o exemplo de alguns motoristas da Califórnia, quando as primeiras faixas HVO foram criadas, há 40 anos: bonecos infláveis ou manequins eram colocados no banco do passageiro para enganar a fiscalização.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vale a pena desligar o motor no sinal para economizar combustível?


O sistema start-stop desliga e religa o motor automaticamente em paradas rápidas, como trânsito e semáforos, por exemplo, o que economiza combustível e emite menos poluentes. Nos carros comuns, desligar o motor manualmente nessas situações tem o mesmo efeito? Aprendi que só compensaria se o tempo da parada fosse superior a três minutos. Rosberg Medeiros Barreto, Tocantins

Nos motores com injeção eletrônica, segundo Rafael Boreli, gerente da divisão de motores de partida da Bosch, três segundos já tornariam vantajoso desligar o carro. “Este tipo de sistema de alimentação consegue identificar a temperatura do motor e dar uma partida consumindo menos combustível”, explica.

Um dos problemas de desligar e ligar o carro manualmente, no entanto, é o risco de descarregar a bateria. “O sistema start-stop checa se a carga é suficiente para uma nova ignição antes de desligar o carro, evitando o problema”, afirma Boreli. Outra questão é a durabilidade do motor de partida. “Os convencionais agüentam cerca de 40 mil partidas, carros com start-stop duram até 250 mil”, diz.