terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Buracos: evite os danos

Buracos são muitos e podem causar estragos imperceptíveis ao carro. Saiba o que acontece, o que fazer e como buscar seus direitos



É algo muito corriqueiro em nossa rotina de motorista brasileiro: você está dirigindo em uma rua ou estrada, quando sente uma pancada seca em uma das rodas (às vezes, até nas duas ao mesmo tempo). Pronto: você adicionou mais um buraco para sua coleção de tantos outros já “atropelados”. Após xingar até a quarta geração de quem deveria zelar pelo bom estado das vias, resta rezar para que rodas, pneus, sistema de suspensão ou até mesmo o sistema de freios não tenham sofrido danos.

Apesar de estarmos acostumados com ruas e estradas que lembram campos de batalha – bem diferentes do que existe nos países mais desenvolvidos –, só nos resta, pobres contribuintes, tentar se precaver. “Se você visualizar o buraco, e o impacto for inevitável, o melhor a se fazer nesta hora é pisar no freio para reduzir bem a velocidade, soltando o pedal pouco antes de atingir da batida”, explica Carlos Henrique Ferreira, consultor técnico da Fiat.

Segundo o engenheiro, a força do impacto é amplificada em muitas vezes quando as rodas estão travadas, e a distribuição do peso do veículo muda completamente. Ele cita um exemplo: um carro cujo eixo dianteiro carrega 650 kg passa a receber a força de 900 kg nas frenagens mais fortes. Diante disso, pneus, rodas e suspensão estarão mais suscetíveis a danos. Edson Marubayashi, gerente de desenvolvimento da Pirelli, completa o raciocínio. “Nesta hora, molas e amortecedores estarão quase no fim de seu curso, e não distribuirão a força do impacto como deveriam.”




De acordo com Marubayashi, os primeiros componentes a sofrer são sempre os pneus e as rodas. Os buracos “mordem” mais as laterais dos pneus, e podem levar ao rompimento da manta interna de aço, que fica na banda de rodagem. “Um fio quebrado que seja, já é o suficiente para criar bolha no pneu”, explica o gerente. Pivôs, bandeja, coxins, juntas homocinéticas, direção e até os freios são os próximos na fila de riscos.

A saída, segundo os dois especialistas, é transpor os buracos com as rodas destravadas. “É o mais indicado, pois o motorista consegue diminuir o impacto, fazendo com a suspensão, que não estará tão contraída, volte a fazer seu trabalho de forma mais adequada”, afirma o engenheiro da Fiat, Carlos Ferreira. “Quanto mais rápido o carro estiver, maior será o impacto absorvido pelo pneu”, adiciona Edson Marubayashi, da Pirelli. A suspensão traseira tende a se prejudicar menos.

Independentemente de qual for o tamanho do buraco “atropelado”, é bom fazer uma inspeção visual dos pneus e rodas imediatamente após os impactos mais fortes. Depois, se for possível, deve-se levar o veículo ao mecânico de confiança para uma avaliação de eventuais danos a componentes internos. Barulhos na suspensão e direção puxando indicam que o buraco danificou alguma peça.

Justiça pode ajudar a reaver dinheiro do conserto do veículo avariado por um buraco
Se o seu carro ficou danificado ao passar por um buraco, não se acanhe: é seu direito recorrer à Justiça para cobrar o prejuízo. Renato Mehana Khamis, advogado especializado em direito público, afirma que o cidadão pode, sim, processar o responsável pela via. “Seja governo municipal, estadual ou federal. Eles têm obrigação de manter as vias bem conservadas”, diz.
Porém, antes de correr para o escritório de advogado mais próximo, saiba que é preciso se cercar com o máximo de provas: “Fotografe o local, como ficou o seu carro, peça recibo do guincho e arrole testemunhas. Quanto mais provas, melhor”, diz Khamis. No entanto, esteja ciente de que estes processos podem demorar anos para se resolver. “Às vezes cinco ou mais.”

Caso o buraco tenha sido aberto por uma empreiteira contratada por uma prefeitura, por exemplo, o caminho pode ser abreviado, de acordo com o especialista: “Empresas privadas tentam resolver mais rápido. Comprovando a responsabilidade, há maior possibilidade de se fazer acordo. Já quando é algum governo, o pagamento é feito por precatórios. Aí, demora mesmo, já que apenas os alimentícios têm prioridade”, afirma o advogado. Então, se o buraco estiver em uma estrada privatizada, acione a empresa concessionária primeiro.
O valor da ação determinará qual o caminho. Para prejuízos inferiores a 40 salários mínimos (R$ 20.400), os Juizados Especiais Cíveis (JEC) são os mais indicados. Ali, causas de até 20 salários (R$ 10.200) dispensam advogados. Acima deste patamar, somente na Justiça comum.

PASSA A PASSO PARA NAO PARAR NO BURACO




Os perigos do torpedo ao volante

Com celulares prontos para enviar SMS e permitir acesso rápido a e-mails e redes sociais a qualquer momento, motoristas estão cada vez mais ligados em tudo – menos no trânsito



Nicole Azevedo dirige em uma reta quando o celular anuncia a chegada do recado. Plimmm! Ela abaixa o olhar à procura do aparelho, estica uma das mãos para apanhá-lo, mas não o alcança. Ao ver que ele caiu no chão, faz um malabarismo: abaixa-se depressa enquanto se esforça para manter o veículo em linha com uma só mão no volante. Finalmente com o celular em punho, a assistente de redação, de 22 anos, começa a digitar uma resposta. Sem se dar conta, tira o pé do acelerador. O repórter Ricardo Sant’Anna nota a mudança no comportamento da motorista à sua frente e consegue reduzir a velocidade, também. Já quem o segue não tem a mesma sorte e... Pow! O engavetamento envolve seis automóveis.

O choque não provoca ferimentos, só risadas. Algumas disfarçam a leve tensão dos “pilotos” que se propõem a imaginar as consequências daquela situação em uma estrada de verdade. Ah, não, eles não estavam em uma rodovia, mas no “Vambatê”, pista de carrinhos de bate-bate do Hopi Hari, no interior de São Paulo. O nome do brinquedo não poderia ser mais sugestivo e apropriado. Mas ainda que se chamasse “Vambatê naum”, as batidas seriam inevitáveis, como mostrou a simulação realizada por Autoesporte.

Sem pretensões científicas, levamos seis voluntários até o parque de diversões para descobrir como o envio de mensagens de texto via celular (SMS) afeta a capacidade de dirigir, muito mais que o ato (já comprovadamente perigoso) de falar ao celular enquanto dirige. Pesquisa da Universidade de Virgínia (EUA) revela que escrever torpedos ao volante aumenta em 23 vezes as chances de um acidente – uma ligação eleva em quatro vezes esse risco. Nós confirmamos a tendência.


Com a ajuda do Centro Pilotagem Roberto Manzini, especializado em aulas de direção esportiva e defensiva, montamos na pista de bate-bate um circuito externo oval com uma curva em “S” na parte interna (veja no box). Nele, os voluntários tinham de se portar como se estivessem no trânsito, mantendo-se dentro da faixa, respeitando os cruzamentos e a sinalização, que indicava qual traçado seguir. Em pontos estratégicos, eles recebiam uma chamada e tinham de respondê-la com SMS.

Fácil como brincadeira de criança, certo? Nem tanto. Bastou o primeiro torpedo para a coisa ficar séria. A artesã Giselle Bueno, de 30 anos, é prova disso. Durante todo tempo, tentou driblar o teste, recusando-se a digitar mensagens quando fazia curvas. “Olha o telefone, pessoal!”, avisava um dos instrutores. Mesmo adiando a digitação da resposta, ela derrubou vários postes e pedestres. “Se todos os cones que derrubei fossem pessoas, carros ou qualquer outro obstáculo que existe nas ruas, minha habilitação seria cancelada com tanta infração que cometi!”, diz.

Parte dos incidentes se deve ao fato de o motorista não estar com as duas mãos no volante – o que rende multa de R$ 85,13 e soma quatro pontos na CNH. “O simples sinal de mensagem é capaz de gerar ansiedade intensa no motorista, que, de cara, tira a mão do volante. Nesse movimento, perde de quatro a cinco segundos de atenção. Se ele estiver a 100 km/h, vai percorrer ao menos 100 metros totalmente desconectado da direção”, afirma Dirceu Rodrigues Alves, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).

Mesmo quando não responde de pronto às mensagens, o condutor tem os sentidos alterados, e a ansiedade citada por Alves é uma das razões. “Você entra naquela adrenalina de saber quem está escrevendo, se é urgente ou não. O mundo de hoje nos prende ao trabalho, à família; nos faz tentar responder um e-mail, um SMS a cada instante, até mesmo no trânsito”, conta o jovem Sant’Anna, de 21 anos. Distraído, por melhor que seja o motorista, ele estará mais propenso a se envolver em acidentes. E hoje, a distração é a quarta maior causa de incidentes no país – perde para embriaguez, excesso de velocidade e sonolência.

O lapso de atenção pode ser ainda maior, de acordo com o teor das mensagens trocadas. “Esses diálogos têm uma repercussão. O motorista pode ficar sob o impacto da mensagem por muito tempo e continuar desconcentrado. Há muitos casos de acidentes que ocorrem logo depois de ligações ou trocas de SMS”, garante o diretor da Abramet.









sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Car Tech: estacionamentos futuristas

Está difícil encontrar uma vaga para deixar o carro? Conheça como os estacionamentos do futuro poderão facilitar sua vida.


Não é novidade para nenhum motorista que a frota de carros nas grandes cidades está aumentando. Além dos problemas de congestionamento, isso faz com que a árdua tarefa de encontrar uma vaga para deixar o carro se torne cada dia mais difícil. E já que o espaço também é limitado nos centros urbanos, a solução encontrada pelos estacionamentos é adotar a tecnologia das formas mais ousadas.

A tecnologia a favor da baliza

Várias marcas dão uma mão ao motorista implementando câmeras e sensores de estacionamento em alguns de seus modelos. Embora não acabe com o problema da falta de vagas, isso facilita o trabalho do motorista ao “aproveitar” espaços difíceis de manobrar, além de reduzir o tempo para a baliza.

Também visando reduzir a penitência em busca de um lugar para estacionar, alguns shoppings já adotaram um sistema, no mínimo, interessante. Por exemplo, no MorumbiShopping, em São Paulo, cada vaga possui um sensor que acende uma luz vermelha quando o espaço estiver ocupado, e verde quando estiver livre. Também existem placas posicionadas em pontos estratégicos, que apontam para as vagas livres.
Indo um pouco mais longe nessa história da automação veicular, a Google está desenvolvendo uma tecnologia que permite aos carros, literalmente, se pilotarem sozinhos. Dessa maneira, bastaria que parássemos o carro em qualquer lugar da rua para que um software se encarregasse do estacionamento.

Automatizando o processo

E se, em vez de auxiliar o motorista a manobrar o carro, a tecnologia pudesse ser utilizada para automatizar completamente o processo? Dessa forma, estacionamentos poderiam ser construídos na forma de prédios, com um grande aproveitamento de espaço.
Surge então o conceito das construções automatizadas, com sistema de elevadores inteligentes onde toda a administração das vagas é feita por software. O vídeo acima apresenta o modelo de funcionamento de um projeto de 10 andares e capacidade para mais de 500 carros.

O cubo

Embora não conte com o mesmo visual futurista, o estacionamento “The Cube” de Birmingham, Reino Unido, fez um investimento de mais de 2 milhões de libras para dispensar os manobristas.

Após validar seu ticket na entrada, basta estacionar o veículo em um elevador e deixar que o maquinário encontre uma vaga no subsolo. Para retirar o veículo, o motorista apresenta o mesmo ticket a um leitor digital, para que o veículo seja devolvido rapidamente em apenas 2 minutos.

Em formato de prédio

Um estacionamento de Moscou, Rússia, consegue alojar 34 carros em um espaço de apenas 100 metros quadrados. Como? Com a ajuda de um elevador e de um prodigioso sistema capaz de rotacionar os carros e posicioná-los nas vagas. Ao contrário do sistema adotado pelo “The Cube”, aqui é necessário que um ser humano opere o maquinário.

O sistema trabalha com um único eixo e tem capacidade de apenas quatro carros por andar. Mesmo assim, estacionamentos assim ocupam muito menos espaço do que as tradicionais rampas veiculares e poderiam eliminar da capital russa a fama de “lugar onde todos estacionam onde querem”.

Atração turística

Mas a construção mais surpreendente encontra-se na Autostadt, o “parque temático dos automóveis” localizado em Wolfsburg, Alemanha. Conectadas à fábrica da Volkswagen, estão duas torres de vidro com 60 metros de altura em que os veículos recém-fabricados são guardados. Cada torre conta com dois elevadores com capacidade de 20 vagas por andar.

A CarTower Discovery, é um passeio por dentro da construção, aberto aos turistas. Dentro de uma cabine de acrílico, seis passageiros são elevados a uma altura de 48 metros como se estivessem dentro de um dos carros. A vaga dedicada ao passeio proporciona uma ampla vista do parque, pena que os demais veículos não demonstrem sua satisfação.


E no futuro?

Embora já estejam em atividade, os estacionamentos acima ainda são pouco comuns e estão mais para atrações curiosas do que para soluções aos grandes centros. Se por um lado representam um alto investimento, por outro eles poderiam acabar de uma vez por todas pela procura por vagas. O processo automatizado também reduz as chances de pequenos acidentes e arranhões no momento da baliza.
A tendência é que os carros, aos poucos, assumam dimensões menores e adotem fontes de energia renováveis no futuro. Não é difícil imaginar construções imensas revestidas de painéis de captação solar, onde carros elétricos seriam recarregados enquanto estão estacionados.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Como seria a Kombi reestilizada?

Designer Eduardo Oliveira faz as projeções do utilitário ainda em produção


Kombi ainda está sendo produzida com quase a mesma estrutura da original. Começou a ser montada no Brasil em 1957, na fábrica da Volkswagen, São Bernardo do Campo (SP), com motor 1.2 e sistema de ignição de apenas seis volts. E para homenagear a chamada “Velha Senhora”, o designer Eduardo Oliveira faz as projeções de como seria uma reestilização mais completa do utilitário tão popular e que será eternamente um clássico, não apenas no mercado brasileiro, mas no mundo todo.

Na Alemanha, a marca alemã prepara uma nova geração a partir do protótipo mostrado no Salão de Detroit de 2001. Será um carro moderno, cujo lançamento, pelo menos no mercado europeu, deverá acontecer em 2013. Portanto, não se deve confundir com o projeto mostrado pelas projeções de Oliveira, que são apenas um exercício de design, procurando manter as principais características da primeira Kombi. “Queria seguir o estilo da perua original na dianteira, com farol redondo cortado ao meio pelo famoso vinco curvo que faz as linhas biquini na frente” explica ele.


“O formato é o tradicional pão-de-forma, não quis fugir disso, senão ela se tornaria um furgão comum dos dias de hoje”, diz Oliveira. “O interessante da Kombi é ter o motorista sentado em cima do eixo. “ A traseira tem um grande vinco retangular que empurra a tampa do porta-malas para dentro, nele abriga a lanterna em forma de cápsula no qual lembra a Kombi de segunda geração”, complementa.

A simplicidade do interior carro também foi mantida nessas projeções, que mostram uma releitura do que poderia ser uma Kombi mais atual. “O painel é simples e reaproveita parte das peças do Fusca que fiz e a alavanca de câmbio fica no console para melhorar o espaço para três passageiros”, conta Oliveira, atento à esse detalhe do espaço na frente, atrapalhado também pela alavanca do freio de estacionamento.

Nessa releitura, a Kombi também teria sua versão picape com ou sem caçamba. “A primeira teria portas na lateral para facilitar o acesso de cargas e abaixo um pequeno porta-malas fechado”, conta o designer. “E a versão sem caçamba é praticamente um mini caminhão no qual permite infinitas combinações personalizadas para o tipo de carga, inclusive a adoção de um trailer como na versão caracol”, finaliza.




domingo, 12 de dezembro de 2010

Vantagens e desvantagens dos motores 1.0 16v


Gostaria de saber as vantagens e desvantagens dos motores 1.0 16V. Pois ouço dizer que dá muito problema.

O motor 1.0 16V é mais potente do que o de 8V. Ele recebe uma curva de torque diferenciada também. O motor de 16V adquire uma potência maior em uma velocidade também mais elevada. Ele é apropriado para estradas, enquanto o motor de 8V ganha mais potência em velocidades menores.

Em questão de fabricação, o motor 16V é mais caro para ser produzido. A outra diferença é o consumo de combustível. O propulsor de 16V pode até ser mais econômico, mas isso vai depender da forma de conduzir. Se o motorista utilizar o carro com toda a potência, ele também gastará mais combustível.

Os motores de quatro válvulas por cilindros respondem melhor em rotações mais altas porque a energia da mistura ar-combustível é baixa quando o motor está girando pouco e insuficiente para superar as duas válvulas extras, que servem de obstáculo para que a mistura entre na câmara de combustão. Quando o giro sobe, a situação se inverte. Ou seja, com mais energia para superar as válvulas, entra mais mistura na câmara de combustão, que agora são aliadas para encher os cilindros com mais mistura e, consequentemente, gerar mais potência.

A manutenção dos motores de quatro válvulas por cilindro é mais cara que os de duas no caso dos modelos que vêm com dois comandos de válvulas. Isso porque existe mais peças e a regulagem é mais trabalhosa, o que acaba aumentando o custo da mão de obra. Mas há motores 16V com apenas um comando, como o 1.0 16V da Renault, cuja manutenção é um pouco mais simples, embora continuem gastando mais combustível que os 8V. Em compensação, são mais potentes e têm mais torque (força).

Como preparar o carro antes de sair de férias

Dicas práticas e importantes para não transformar o descanso em dor de cabeça


Férias à vista! Está chegando, enfim, o tão esperado fim das aulas do primeiro semestre. Para muitas famílias, essa época do ano é sinônimo de algumas horas na estrada em busca de descanso e descontração. E para que nada atrapalhe esses planos, é fundamental verificar vários detalhes de seu carro para não ficar pelo caminho.

Os mais atentos já sabem que devem prestar atenção a aspectos importantes, como o nível do reservatório do lavador dos vidros, o estado das palhetas dos limpadores e o nível de desgaste dos pneus. “A banda de rodagem traz uma marca que indica a necessidade de troca do pneu. Aliás, além de oferecer risco a todos, pneus em mau estado geram multas e o condutor pode ter seu veículo apreendido pela Polícia Militar Rodoviária”, lembra Rubens Venosa, proprietário da oficina Motor Max.


Para o especialista, a revisão de férias se divide em dois aspectos: segurança e confiabilidade. O primeiro, que inclui o estado dos pneus, também considera outros itens fundamentais, como a suspensão, o sistema de freios e o de direção, por exemplo, que estão diretamente ligados à dirigibilidade.

Em relação aos freios, não dá para vacilar. Antes de partir para a estrada pare na oficina de sua confiança para conferir se lonas e pastilhas (e até mesmo os discos) estão em dia. O nível do fluido do sistema também deve ser verificado. Se estiver abaixo da indicação mínima, é sinal de vazamento. Além disso, não se esqueça de verificar se já está na hora de substituir o líquido – consulte os prazos de troca no manual do proprietário.


“A suspensão também merece muita atenção. Não é prudente viajar se o sistema estiver apresentando folgas ou peças estouradas, como buchas. Amortecedores, molas e bandejas em bom estado garantem a segurança de motorista e passageiros, por isso é importante verificar as condições desses componentes”, lembra Venosa.

O mesmo vale para o sistema de direção. Folgas nos terminais ou mesmo na caixa representam um perigo para quem pensa em viajar de carro nessas férias. Vazamento do óleo da direção hidráulica é outra coisa que pode estragar o passeio.

Quanto ao sistema de iluminação, lembre-se de verificar se todas as lâmpadas estão funcionando corretamente, se nenhuma delas está queimada. Problemas com faróis ou lanternas queimados geram multas e, pior ainda, aumentam demais o risco de acidentes. Portanto, não descuide desse aspecto de jeito nenhum.


“Existem outros itens que também devem ser verificados. Estes dizem respeito à confiabilidade, como as correias do motor, por exemplo”, lembra o especialista. Não só a correia dentada e o seu esticador devem ser verificados, como também as demais.
Carro com “sede”, dor de cabeça à vista. Segundo Venosa, grande parte dos problemas que obrigam o motorista a estacionar no acostamento da rodovia tem como causa vazamentos no sistema de arrefecimento.
“É preciso verificar não apenas o nível e o estado do líquido usado no radiador. As mangueiras devem ser trocadas se estiverem ressecadas, caso contrário podem estourar no meio do percurso.” O nível do óleo do motor também deve ser conferido.

A troca dos filtros na época certa é outro ponto que demanda atenção. De acordo com Venosa, é comum ver a bomba de combustível queimar porque muitos condutores demoram a trocar o filtro. Por fim, o especialista sugere uma inspeção eletrônica, que pode detectar se o motor está bem regulado e livre de avarias que não podem ser detectadas por uma tradicional inspeção visual.

Cuidados na estrada



Além das dicas de manutenção preventiva, é preciso lembrar de outros aspectos importantes antes de partir para a rodovia. Não saia de casa sem verificar se o extintor de incêndio está dentro do prazo de validade. O que também é recomendável é estudar bem o roteiro da viagem antes de partir, já que parar na estrada ou ficar em dúvida sobre qual caminho seguir pode ser perigoso.

Veja também se a chave de roda e o triângulo refletivo estão no porta-malas, bem como uma lanterna – sempre útil para quem viaja.Procure um posto de combustíveis confiáveis, bem iluminados e seguros para completar o nível do tanque e lembre-se também de:

- não ultrapassar em locais proibidos e perigosos
- não ingerir bebidas alcoólicas se for dirigir
- não utilizar o telefone celular enquanto estiver ao volante
- levar o telefone de contato de sua seguradora ou de uma empresa idônea de guincho
- utilizar as luzes de seta sempre que quiser mudar de faixa
- não trafegar pelo acostamento
- utilizar os cintos de segurança
- calibrar os pneus com a pressão adequada à carga e ao número de passageiros (consulte o manual do proprietário)
- respeite os limites de velocidade e tenha cautela ao longo de toda a viagem
- respeito os motoristas dos outros veículos para que todos cheguem bem ao seu destino

Dar partida com GNV prejudica o motor?

Gostaria de saber se dar partida com GNV (e não com gasolina) pode acarretar algum problema no motor, ou em qualquer outro componente do carro? 

Segundo Rubens Venosa, proprietário da oficina Motor Max, certos defeitos no sistema de ignição é que podem originar partidas problemáticas quando se usa GNV. “É possível perceber que houve um estouro no coletor de admissão, que costuma quebrar peças plásticas, como a carcaça do filtro de ar. Aliás, é comum ver carros com o kit de GNV com essa peça quebrada. Mas isso só ocorre quando há desgaste nas velas de ignição, nos cabos ou na bobina”, diz o especialista.

Para evitar esse tipo de transtorno, os kits de GNV mais modernos só passam a alimentar o motor com o gás depois de ter selecionado o combustível líquido para a partida, o que ocorre automaticamente. “É uma forma de evitar esse tipo de problema e de manter a bomba de álcool e/ou gasolina e os bicos de injeção funcionando com alguma freqüência”, lembra Venosa. Para evitar outros tipos de problema na partida com GNV, o dono do carro só não pode se esquecer de verificar se o cilindro está devidamente abastecido.

Qual a importância do aditivo no radiador?

Qual a importância do aditvo para radiador? Se não usar esse produto o motor pode ter problemas?

“Além de evitar que a água ferva ou congele, o aditivo de radiador (chamado também líquido de arrefecimento) protege os componentes metálicos da corrosão e evita a formação de incrustações, que podem causar entupimentos e, como consequência, sobreaquecimento”, lembra Cláudia Cavadas, gerente de tecnologia e qualidade assegurada da Castrol. 

Também é importante verificar se existe algum ponto de vazamento no sistema de arrefecimento, que é composto pelo radiador, mangueiras e reservatório de expansão. Já a proporção de mistura de água com líquido de arrefecimento é indicada na embalagem do próprio produto. A marcação deve ser respeitada para preservar ao máximo a durabilidade do sistema – e para não prejudicar seu funcionamento adequado do veículo.

A combinação de água e aditivo é bombeada para as camisas do motor, resfriando (por meio de troca de calor) cabeçote, pistões, câmaras de combustão, paredes dos cilindros, válvulas e outros componentes. “O líquido aquecido circula através de dutos e mangueiras e volta ao radiador, onde é resfriado com o auxílio de ventilação”, explica a gerente.

Estar atento a essa simples manutenção é ainda mais importante nessa época de aumento gradual da temperatura, por conta da proximidade do verão, que coincide com as férias de fim de ano. É muito comum ver carros parados na estrada por causa de sobreaquecimento do motor.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Carros Flex precisam ser abastecidos as vezes com gasolina?

Confira a resposta




De acordo com o engenheiro e proprietário da oficina Motor Max, Rubens Venosa, é verdade que o álcool tem poder corrosivo superior ao da gasolina em relação aos metais ferrosos. Por outro lado, ele lembra que a gasolina brasileira recebe grande quantidade de álcool e que, para evitar qualquer tipo de problema nos motores flex, as peças que entram em contato com o combustível são feitas para resistir a essa ação corrosiva.

"Por causa disso, o consumidor pode rodar apenas com o combustível vegetal sem ter de se preocupar com a necessidade de usar gasolina para 'lubrificar' as peças, isso é um mito”, esclarece. Por outro lado, Venosa recomenda que o dono do carro flex use um tanque de gasolina pelo menos a cada seis meses para evitar um problema específico.

"Em modelos abastecidos apenas com álcool, pode ocorrer o surgimento de uma espécie de gelatina incolor junto ao pescador, no interior do tanque de combustível. Ela surge, provavelmente, por conta de algum tipo de reação química e pode entupir a bomba, causando sua queima. O uso de um tanque de gasolina dissolve esse material.”

Já sobre o álcool aditivado, lançado pela Shell, o engenheiro de combustíveis da empresa Gilberto Pose explica que seus principais benefícios são os seguintes:

- Manter limpo o sistema de injeção e as válvulas de admissão, colaborando para que as características de um motor novo permaneçam por mais tempo. 

- Permite que o motor trabalhe mais livre, tendo como consequência uma melhor resposta.

- Propicia uma mistura mais homogênea entre ar e combustível, refletindo numa queima mais completa e em um melhor aproveitamento da energia gerada pela combustão.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Manutenção é melhor forma de reduzir a desvalorização

Já que a depreciação é inevitável, cuide bem do seu carro para fazer uma venda melhor


Você ficou feliz com a redução do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para 2011? De fato, o alívio no bolso é bem-vindo. Mas por trás dele está a forte desvalorização dos seminovos, que ocorre há 25 meses consecutivos – desde a crise que abateu a economia mundial e a indústria automobilística em 2008. “Quando houve essa crise global, o Brasil reduziu o IPI e as montadoras diminuíram as margens dentro do revendedor ou de lucratividade. Abriram mão de um pouco para continuar vendendo. Aí, o mercado voltou a aquecer e o pessoal viu que não precisava ter dado tanto desconto, além do promovido pelo IPI. Só que poucas marcas recolocaram os preços nos patamares antigos, pois ganharam escala e novas tecnologias de produção. E se o preço cai, o do usado acompanha”, afirma Paulo Garbossa, da ADK Automotive.

Com os preços de modelos novos praticamente na mesma faixa de dois anos atrás, mais as facilidades de acesso ao zero km (graças aos juros menores e subsidiados e ao amplo acesso a financiamentos), os usados despencaram na tabela. O aumento na oferta de produtos por aqui deu seu empurrãozinho. Se há alguns anos havia apenas as quatro grande marcas (Fiat, Ford, GM e VW), agora há uma infinidade de montadoras atuando no Brasil e elas sabem que quaisquer R$ 10 fazem diferença na hora de manter a participação no mercado. “Com essa concorrência, é possível encontrar muitas promoções, além de carros importados recheados de opcionais mais baratos do que alguns básicos nacionais”, diz Vitor Meizikas, da Molicar.



A boa notícia em meio a tudo isso é que, aos poucos, o Brasil está renovando sua frota (hoje está em 8 anos de 10 meses). Mas para comprar um veículo mais novo ou um 0 km, o consumidor precisa tentar reduzir ao máximo a inevitável depreciação do seu veículo. O caminho mais certeiro para isso é a boa conservação do carro. Os cuidados com o visual e a manutenção correta não impedem a queda do preço nominal. Mas fazem crescer o interesse pelo automóvel. Com o aumento da garantia oferecida pelas montadoras, é ainda mais importante fazer as revisões adequadamente. “Tem gente que não faz por economia, perde a garantia e pode ser prejudicado na revenda”, diz o consultor Garbossa, que também reforça a importância de manter o veículo o mais original possível. “Tudo que você coloca de gosto pessoal, passa a ser de gosto duvidoso para quem vai comprar”, conclui. 

Sofrem menos depreciação, também, os modelos equipados com itens de conforto, como direção hidráulica, ar-condicionado e trio elétrico. “Antes, o interessado em comprar o carro pegava a chave, andava com o veículo e levava, se gostava. Agora, é comum ele perguntar sobre todos esses itens antes mesmo de ver o veículo”, conta Gilberto Deggerone, diretor da Associação de Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar). Com a chegada de carros chineses e suas amplas listas de equipamentos, inclusive de segurança, ele acredita que o próximo passo é a procura por itens com ABS e airbags. Mas os chineses e demais importados trazem no pacote a reposição de peças mais complicada e o menor número de revendas, que dificulta um pós-venda de qualidade. Todos esses fatores que podem reforçar a desvalorização.


Por mais difícil que seja, é preciso encarar a realidade. O consumidor tem de esquecer aquela história de que automóvel é reserva de dinheiro e passar a vê-lo como um bem de consumo, cujo preço vai, mesmo, cair. Assim, o melhor é cuidar o máximo possível do veículo e tentar trocá-lo por um mais novo a cada três ou quatro anos, dentro do possível. É a opção para tentar perder menos dinheiro.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Park Assist do Volkswagen Tiguan

Cansado de fazer esforço na hora da baliza? Então deixe o Park Assitent estacionar por você


Você é daqueles que sofrem para encaixar seu SUV nas vagas de rua? Pois saiba que a tecnologia pode dar uma mãozinha. Chegou às lojas a versão 2010 do VW Tiguan, que passa a oferecer o Park Assist, que estaciona para você. Seu funcionamento é simples. Assim que achar a vaga, aperte um botão perto do câmbio para ativar o Park Assist e um sensor no para-lama dianteiro faz a varredura do espaço. Só que a vaga precisa ser no mínimo 1,10 m maior que o veículo (que mede 4,43 m), o que é um problema na vida real, pois a dificuldade maior está mesmo em estacionar em lugares apertados.

Após o sistema autorizar a manobra, surge uma indicação no display do sistema multimídia pedindo para que se engate a ré. Tudo que você precisa fazer é tirar as mãos da direção e controlar a velocidade pelo pedal de freio. O sistema vai acelerando e girando o volante sozinho. Você pode acompanhar a manobra pela tela, que exibe as imagens da câmera na traseira. Em alguns casos, o Park Assist solicita que o D seja engatado, para endireitar o veículo. Ao final, um aviso indica que o motorista pode reassumir o controle.

Ver o volante do Tiguan esterçar sozinho é estranho. Porém, após algumas tentativas, você se acostuma. De início, a baliza automática causa apreensão, já que pode ser feita a até 7 km/h, velocidade que assusta quem não está acostumado – não conheço alguém que seria capaz de estacionar tão rápido assim no uso normal. É preciso controlar os instintos para não assumir a direção e deixar a tecnologia agir sozinha. O recurso funciona tanto em vagas à esquerda quanto à direita da rua. Nas dez tentativas, o sistema só não fez a leitura correta do espaço apenas uma vez. Mas nesse caso é só voltar para o sensor refazer a leitura.

O recurso é prático, mas há restrições. Além do espaço folgado para a baliza, ele só funciona em vagas paralelas à calçada, e não nas perpendiculares, como nos shopping centers. Também não detecta a presença de uma moto, por ser estreita demais. Segundo a VW, quando há duas motos paradas lado a lado, a leitura é realizada normalmente. O Park Assist faz parte de um pacote opcional de 3 765 reais, que inclui ainda CD player com tela sensível ao toque e câmera traseira. O Tiguan básico custa na tabela 124 190 reais, mas pode ser encontrado por 99900 reais.



CUMPRE O QUE PROMETE? - SIM

O Park Assist poupa o trabalho de fazer a baliza e deve seduzir uma parte dos compradores do Tiguan. Nem que seja apenas para mostrar a novidade para os amigos. O problema é que a vaga não pode ser apertada.